29 de mar. de 2010

O LIVRO DOS MÉDIUNS

ESPIRITISMO EXPERIMENTAL
GUIA DOS MÉDIUNS E DOS EVOCADORES.







Ensaio especial dos Espíritos sobre a teória de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicações com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que se podem encontrar na pratica do Espiritismo.

Obsessões e Possessões
 
     Pululam em torno da terra os maus Espíritos, em consequência da inferioridade moral de seus habitantes. A ação malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a humanidade se vê a braços neste mundo.
     A obsessão que é um dos efeitos de semelhante ação, como as enfermidades e todas as atribuições da vida, deve, pois, ser considerada como provação ou expiação e aceita com esse caráter. Chama-se obsessão à ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diferentes, que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a pertubação completa do organismo e das falculdades mentais. Ela oblitera todas as falculdades mediúnicas. Na mediunidade audiente e psicografica, traduz-se pela obstinação de um Espírito em querer manifestar-se, com exclusão de qualquer outro.
      Assim como as enfermidades resultam das imperfeições físicas que tornam o corpo acessível às perniciosas influências exteriores,
    a obsessão decorre sempre de uma imperfeição moral, que dá ascendência a um Espírito mau. A uma causa física opõe-se uma força física; a uma causa moral preciso é se contraponha uma força moral.
     Para preservá-lo das enfermidades, fortifica-se o corpo; para garanti-la contra a obsessão, tem-se que fortalecer a alma; donde, para o obsidiado, a necessidade de trabalhar por se melhorar a si própio, o que as mais das vezes basta para livrá-lo do obsessor, sem o socorro de terceiros. N se torna esse socorro, quando a obsessão se degenera em subjugação e em pessessão, porque nesse caso o paciente não raro perde a vontade e o livre-arbítrio.
     Quase sempre a obsessão exprime vingança tomada por um Espírito e cuja origem frequentemente se encontra nas relações que o obsidiado manteve com o obsessor, em precedente existência.
Nos casos de obsessão grave, o obsidiado fica como que envolto e impregnado de um fluído pernicioso, que neutraliza a ação dos fluídos salutares e os repele. É daquele fluido que importa desembaraçá-lo, Ora, um fluido mau não podesereliminadoporum igualmente mau.
Por meio de ação, indêntica à do médium curador, nos casos de enfermidade, preciso se faz expelir um fluido mau com o auxílio de um fluido melhor.
     Nem sempre, porém, basta esta açaõ mecânica; cumpre, sobretudo, atuar sobre o ser imteligente, ao qual é preciso se possua o  direito de falar com autoridade moral. Quanto maior esta for, tanto maior também será aquela.
      Mas, ainda não é tudo: para assegurar alibertação da vítima, indispensável se torna que o Espírito perveso seja levado a renuciar ais seus maus desígnio; que se faça que o arrependimento desponte nele, assim como o desejo do bem, por meio de instruções habilmente ministradas, em evocações particularmente feitas com o objetivo de dar-lhe educação moral. Pode-se ter a grata satisfação de libertar um encarnado e de converter um Espírito imperfeito.
     O trabalho se torna mais fácil quando o obsidiado, compreende a sua atuação, para ele concorre com a vontade e a prece. Outro tanto não sucede quando, seduzido por um Espírito que domina, se ilude com relação ás  qualidades deste último e se compraz no erro a que é conduzido, porque, então, longe de a secundar, o obsidiado repele toda assistência. É o caso da fascinação, infelizmente mais rebelde sempre, do que a mais violenta subjugação. (2º parte, cap. 23)
     Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso meio de que se dispõe para demover de seus propósitos maléficos o obsessor. (idem)

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